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Patente |
[27/6/2005] Nos laboratórios do Instituto de
Química, pesquisadores inovaram na separação de fases para a
semipurificação do plasma sanguíneo e animal empregando um
processo relativamente simples. Em geral, o método de
separação de fases é usado na extração de proteínas do
componente rico em substâncias do gênero. Ao plasma, os
químicos acrescentaram um composto surfactante, daqueles
utilizados para a produção de detergentes e cosméticos em
conjunto com o sal de cozinha, na sua forma pura. Em apenas
dez minutos, a reação entre as substâncias separa as proteínas
em temperatura ambiente, sendo, portanto, um sistema
biocompatível.
As fases produzidas nesta separação são
chamadas de rica e pobre em surfactante. “Na verdade, ambas as
fases apresentam proteínas, sendo que aquelas mais
hidrofílicas (absolvidas pela água) têm preferência em se
manter na fase pobre e as hidrofóbicas (não absorvem na água)
tendem a ser extraídas no surfactante”, explica o professor do
Instituto de Química, Marco Aurélio Zezzi Arruda.
O
processo é barato e os tensoativos (compostos) são facilmente
encontrados no mercado. Além do que, os utilizados na pesquisa
são amigáveis em termos ambientais. O potencial da tecnologia
é tão grande que a patente do processo foi depositada e, de
acordo com orientação da Agência de Inovação da
Unicamp, os pesquisadores avançarão nas pesquisas para o
desenvolvimento de um kit para marcador de peso molecular
protéico, baseado em sistema de duas fases empregando
surfactante. A patente está disponível para repasse à
indústria química que utilize a tecnologia de separação de
fases como processo inicial de purificação de proteínas.
Segundo a mestranda do IQ Aline Soriano Lopes, que
assina a autoria do processo juntamente com Arruda, a
separação de fases é um método bastante utilizado na
literatura. No caso das proteínas, no entanto, é a primeira
vez que se consegue realizar o feito com uma mistura delas. O
estudo iniciado pelos pesquisadores abre possibilidades de
utilização nos estudos sobre proteoma, que consiste, entre
outros, na caracterização de proteínas. Para Arruda, o
trabalho também permite o emprego de diferentes surfactantes,
no sentido de aumentar a seletividade do processo. (Raquel do Carmo
Santos) Foto: Neldo Cantanti
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